EMPRESAS TÓXICAS E QUIET QUITTING
No Programa Vida e Carreira da Rádio BandNews FM de hoje, falamos sobre dois movimentos no mercado de trabalho: a lista de empresas tóxicas e o movimento do “quiet quitting” em que o “subdesempenho satisfatório” se faz presente, minando a produtividade. Uma lista de empresas tóxicas viralizou nas redes sociais em que funcionários e ex-colaboradores preenchem um formulário anônimo, colocando queixas e o nome da empresa.
O que surpreende é o fato da lista ter chamado tanta atenção pois sites como Glassdoor Brasil são consultados diariamente por candidatos para saber como a empresa é avaliada por colaboradores. A era do sigilo em que as informações ficavam trancadas nas portas e gavetas das empresas acabou. A transparência tomou conta e ainda há quem pergunte como faz para entrar na justiça contra denunciantes anônimos. Assim como o Reclame AQUI – Para empresas é consultado para saber a procedência de um produto, se ele é mal avaliado por outras pessoas e, as empresas buscam referência para contratar um profissional, hoje também as empresas são avaliadas antes de um profissional realizar um movimento de carreira. O movimento demonstra não apenas o quanto fortalecer a marca empregadora é importante mas também o quanto este movimento precisa ser feito de dentro para fora.
Não pode ser apenas uma ação de marketing mas uma construção consistente, a partir da análise da jornada do empregado, eliminando atritos que podem gerar experiências negativas, impactando na marca. A transformação digital e as redes sociais trouxeram um nível de empoderamento enorme para os indivíduos que nunca tiveram tanta voz ativa e elementos para tomada de decisão. As empresas que não trabalharem os pilares desta experiência correm riscos de viver fenômenos como o quiet quitting, presenteísmo ou o famoso “migué” (absenteísmo). Quer alavancar a produtividade da sua empresa?
1️⃣ Cuide da sua cultura, o novo ouro e alma do negócio (tudo que puder ser automatizado e copiado será, menos a cultura).
2️⃣ Dedique-se a uma gestão humanizada em que o bem estar dos times e líderes permita uma jornada prazerosa em meio aos estímulos excessivos do digital que tem gerado sobrecarrega, pessoas respondendo de forma automática, gerando ineficiência nas ações. Desenvolva líderes que compreendam que a felicidade é o estado mais produtivo e inovador para trabalhar.
3️⃣ Construa uma jornada do colaborador que fortaleça a marca empregadora de dentro para fora, marcada por traços da cultura que a empresa quer fortalecer, com experiências que validem e reforcem o quanto aquela cultura é genuína e vivenciada internamente.
4️⃣ Dedique-se a ouvir colaboradores por diversos canais, especialmente pelo contato humano, fazendo com que as pessoas queiram ficar, construir carreira e deixar legado a partir de um propósito compartilhado de impacto social e não sejam apenas retidas pela remuneração (retenção nem de líquido é bom).